terça-feira, 15 de outubro de 2013

Nós dois.

Eu quero a sua coberta quentinha, com você debaixo. Quero te olhar tomar banho. Te ligar de tarde. Dirigir seu carro. Dizer que eu amo seu quarto. Seu jeito. E seu tênis vermelho. Quero subir a serra e me sentir segura. E tirar uma foto lá de cima, só pra lembrar o que eu nunca esqueci. Te contar meus medos e descobrir os seus. Conversar de nós, de tudo, de nada. Brincar de quem pisca primeiro. E sempre piscar primeiro. Quero ir no cinema com seu avô. E morrer de rir da sua avó. E viajar pra Bahia. E descobrir lá que você é o amor da minha vida. Quero fazer amor no tapete. E nadar de manhã. Tomar vinho de noite. Ouvir música ou ver um filme qualquer. Quero sair pra jantar, sair pra andar. Segurar sua mão e sentir seu cheiro. Tão seu. Quero ir pra escarpas e sentar na pracinha. Bêbados. De madrugada. Quero te rebocar de skate, andar de bike e fingir que sou do esporte. Quero rir quando a gente não sabe o caminho, porque a gente nunca sabe o caminho. Quero te olhar e dizer que eu amo seus olhos. Seus dentes. Sua cor. E pensar onde você esteve a minha vida inteira? Quero fazer drama, te escrever carta, te morder forte. E ficar brava quando você assiste futebol. E quando você tá chato. E grosso. E rabugento. E te amar quando você tá fofo. E lindo. E meu. Quero brigar e voltar. Olhar no seu olho e dizer não vá. Quero te dar o melhor de mim. E dizer que você é o meu lugar no mundo. Quero intimidade, verdade, afeto, silêncio, palavras, lugares, viagens, momentos. Quero amor. Você. Nós dois. E só.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Paris, 28 de outubro de 1927.

Querido Sr. Gentil,

Desculpe pelo espelho do quarto. Levei comigo pra que eu não me esqueça de mim. Confesso que sai em silêncio, porque minhas palavras podiam gritar. Eu te amei por um dia, ou dois, talvez mais. Fomos felizes até. Só que sou desorientada e não consegui enxergar nosso amor. Preciso de óculos. Mandei fazer, fui buscar, e fui embora. Nessa ordem. Agora tenho óculos e não tenho você. Parece justo. Eu fui injusta com você e quero no fundo me castigar. Ou me libertar? Talvez o certo desse caso errado seja eu fugir pra longe, pra onde as pessoas são tão problemáticas como eu a ponto de precisar de um par de lentes para enxergar coisas próximas e nítidas. Agora não temos um ao outro, e acho que nunca tivemos. Cansei do meu próprio emaranhado de contradições. Perdoe-me por te afogar no meu maldito ego guloso. Você precisa de ar. Precisa ir pra superfície e remar (e re-amar) sem mim. Sua solidão será o pouco que eu nunca pude te dar. Obrigada por tentar aquecer nossa casa úmida, por ser impecável e tão gracioso. Você merece se casar com a Madame Sofie que tanto te quer. Prometo não colocar fogo na festa nem ir disfarçada de homem. Vou vestida de mim mesma, se você me convidar. Vou te dar de presente um abraço, e vou gostar de você de novo, no instante infinito que durar esse abraço. Depois eu volto pra estação de trem. Vou fugir mais uma vez. Anseio saciar minha fome de amor, fazendo jejum de você.
                                                                                                              Com amor,
                                                                                                                         Norma Jean.

quarta-feira, 21 de março de 2012

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O conto do palhaço no ponto.

Era uma vez dois corações perdidos, pra amenizar e não dizer partidos. Eles se acharam no ponto de ônibus. Ele com um all star meio sujo, ela com um discreto sorriso pro dito cujo. Ele era seu vizinho. Ah, esqueci de contar do anel no dedinho. Ele entrou no ônibus e sumiu. Ela não se importou, ou pelo menos fingiu. Esse é o fim do primeiro ato. Não terá intervalo porque agora é que começa de fato. Eles se encontraram de novo, do outro lado da cidade.  Não perguntaram o nome e muito menos a idade. E se viram mais uma vez, de noite e no mesmo dia. Ele era ator e ela uma atriz, que ironia. Decidiram então interpretar um pequeno romance. Que duraria três dias, antes que um deles se canse. E viveram um minúsculo amor inventado. Até que ela foi embora sem ter muito bem avisado. Ele seguiu em cena sozinho. Ela também seguiu seu caminho. Mas a mocinha da história não entendeu o final desse conto, só sabe que se encantou pelo menino palhaço do ponto.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Estranha mania

É muito engraçado não saber o que fazer da vida e mesmo assim acreditar com toda a sua alma que o destino te reserva uma coisa muito boa. Eu acredito. E tenho medo. Tenho medo de tanta coisa e acredito no contrário de todas elas. Tenho a "estranha mania de ter fé na vida". É Maria, descobri que sofro desse mesmo mal, que me faz tão bem.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

De novo e sempre, amor.

É. Eu não canso de falar de amor. Brega ou não, fundamental é mesmo o amor!
Vi esse vídeo e me encantei. Porque mais bonito que amor de filme, é amor real.

http://vimeo.com/27841262

Bom sábado :)
Com todo amor, Fe.